Você sabe o destino dos carros destruídos no filme “Velozes e Furiosos ” ? Confira...

Os cineastas de “Velozes e Furiosos” destroem centenas de carros em cada sequência — só no filme mais recente foram mais de 230.

A preparação dos carros utilizados em filmes de ação sempre foi bem documentada: o processo envolve mecânicos, gaiolas protetoras, pneus de corrida e células de combustível. Mas depois que a filmagem termina, o que acontece com os carros que saltam de aviões de paraquedas, despencam de penhascos ou são esmagados por tanques de guerra?
“É muito fácil”, diz Dennis McCarthy, coordenador de carros para os filmes da franquia “Velozes e Furiosos”, cuja mais recente sequência, “Velozes e Furiosos 7”, estreou em 2 de abril no Brasil.
A equipe de filmagem tem que seguir um protocolo específico, documentando todos os passos por razões de contabilidade e riscos legais, diz ele. “Nós temos que registrar cada um dos carros destruídos em cada filme.”
Os cineastas de “Velozes e Furiosos” destroem centenas de carros em cada sequência — só no filme mais recente foram mais de 230. Para o “Velozes e Furiosos 6”, de 2013, quando um tanque de guerra irrompe de um transporte militar e destrói inúmeros carros em uma estrada nas Ilhas Tenerife, na Espanha, a equipe de McCarthy fez acordos com ferros-velhos locais e vendedores de carros usados. “Nós destruíamos 25 carros por dia, eles vinham à noite, levavam as ferragens embora e traziam mais 25”, diz ele. “Era um processo cronometrado, com vários caminhões de reboque e transportadores de carros.” Para o quinto filme, de 2011, em que a equipe transportou um enorme cofre de banco através de Porto Rico, os cineastas fizeram um acordo com o governo para transportar carros usados de forma barata de um ferro-velho em San Juan até o set de filmagens, destruí-los e depois devolvê-los ao local de origem.
Depois de filmar a cena da perseguição na montanha para o último filme, no Colorado, a equipe dos carros amontoava os veículos destruídos no estacionamento de um pequeno resort de esqui nas proximidades. Jansen tinha dois dias para removê-los para que o resort se preparasse para o início da temporada de esqui. “Nós provavelmente destruímos mais de 40 veículos apenas filmando aquela sequência”, diz McCarthy.
Nos primeiros filmes de perseguição de automóveis, os produtores transportavam os carros amassados para ferros-velhos e esqueciam deles. Foi isso que aconteceu com o Mustang 1968 destruído no filme “Bullitt”, com Steve McQueen, segundo o site de carros históricos MustangSpecs.com. (Um segundo Mustang, usado principalmente para as cenas em alta velocidade, acabou nas mãos de coleciondores.)
Dos cerca de 300 Dodge Chargers usados na produção da série de TV “Os Gatões”, como o carro laranja chamado de General Lee, no início dos anos 80, muitos foram reciclados para o cenário do próprio programa. Outros foram para o ferro-velho, às vezes por pouco tempo. “Havia pessoas no Sul que iam até os ferros-velhos e tentavam restaurá-los”, lembra Craig R. Baxley, antigo coordenador de dublês e diretor que trabalhou no programa.
Com a evolução dos filmes de perseguição de automóveis, que passaram de clássicos “cult” para franquias de milhões de dólares, tornaram-se mais rígidas as políticas para descartar os veículos destruídos em Hollywood. Ninguém quer ser processado quando um fã restaura um Mini Cooper do filme “A Identidade Bourne” e desce um lance de escadas com ele. “Eu não mexo com nada que tem uma gaiola de proteção dentro, como um carro para dublês — nós nos livramos dele imediatamente”, diz Ray Claridge, presidente da Cinema Vehicles Services, de Los Angeles, empresa que recicla e transforma em ferro-velho carros danificados ou destruídos durante filmagens. “Eu não gosto das questões envolvendo riscos legais.”
Às vezes, um dublê que dirige um carro famoso encontra uma forma de trazê-lo para casa. Dois dos modelos Nova 1970 que o personagem de Kurt Russell, o Dublê Mike, esmaga no filme “À Prova de Morte”, de Quentin Tarantino, foram destruídos “direto para o monte de lixo”, diz Buddy Lee Hooker, coordenador de dublês do filme. Mas Hooker conservou uma terceira versão do carro, usado principalmente para tomadas de fundo. Hooker visita de vez em quando seu amigo Tarantino. O dublê dirige seu Nova de “À Prova de Morte” e o diretor dirige o Chevrolet Silverado amarelo, conhecido como Pussy Wagon, de “Kill Bill: Volume 1”. “De vez em quando, a gente dá uma pequena volta”, diz ele.

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